sexta-feira, 9 de março de 2012

Ministério da Justiça notifica Google por política de privacidade.

Google alterou sua política de privacidade em 1º de março. Foto: AFP

  O Ministério da Justiça, através do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), notificou o Google nesta quinta-feira a respeito das mudanças nas políticas de privacidade, que passaram a valer em 1º de março. O Google terá de informar detalhes sobre as mudanças nas possibilidades de utilização dos dados pessoais de seus usuários.

  O pedido de esclarecimento foi feito com base na legislação de defesa do consumidor e no direito constitucional à privacidade. O Google terá o prazo de 10 dias para prestar os esclarecimentos, a contar da data do recebimento da notificação.

  Em nota enviada ao Terra, o Google afirmou que "mantém aberto o diálogo com as autoridades brasileiras e vai responder formalmente ao DPDC". "A nova política não altera nenhuma configuração existente de privacidade ou o modo como suas informações pessoais são compartilhadas fora do Google. Não coletaremos informações adicionais sobre os usuários. Não venderemos seus dados pessoais. E continuaremos a utilizar a melhor segurança do mercado para manter suas informações a salvo", diz a nota.

  Entre as informações solicitadas pelo ministério estão o processo de revisão da política de privacidade e de que forma a sociedade e os consumidores puderam se manifestar sobre as mudanças. Também foi questionado se há uma alternativa para aqueles que desejam utilizar os diversos produtos sem que haja uma interconexão de seus dados pessoais entre os diferentes produtos, como Gmail, Google+ e YouTube, por exemplo.

  Além disso, o ministério questionou o Google sobre como o usuário dará autorização para a combinação de suas informações pessoais com os produtos, serviços e conteúdos acessados. O DPDC pediu respostas ainda sobre se o conteúdo privado dos e-mails poderá ser acessado pelo Google para fins de publicidade customizada. O não cumprimento da notificação pode implicar em instauração de processo administrativo.

  Com a nova política de privacidade, criada com a ideia de simplificar as normas, consolidando 60 diretrizes em uma única que se aplica para todos os seus serviços, o Google passa a tratar cada usuário como um usuário único, e pode cruzar os dados de diferentes serviços - como Gmail, Google+, buscador e YouTube - para melhorar a entrega de publicidade, por exemplo. Em conferência com a imprensa na semana passada, o diretor de Comunicação e Assuntos Públicos da companhia no Brasil, Felix Ximenes, destacou, no entanto, que a medida visa unicamente "refinar a qualidade da resposta" ao usuário logado e que o Google ocasionalmente já cruzava dados de serviços diferentes. "Com a nossa nova política, deixamos claro que isso pode acontecer. A tendência de uso na internet é que você tenha uma experiência mais pessoal, até porque o uso do celular cresce, e o celular é extremamente pessoal", afirmou.

  O Google foi chamado para prestar esclarecimentos sobre a nova política no Congresso americano, e as novas regras também vem causando polêmica na União Europeia. A comissária de Justiça da União Europeia, Viviane Reding, afirmou na quinta-feira que elas não estão de acordo com a lei da Europa "em vários aspectos". "Um deles é que ninguém foi consultado, não está em conformidade com a lei de transparência e utiliza a informação privada para entregá-la para terceiros, o que não é o que os usuários concordaram", disse.

  Segundo Ximenes, se por acaso o usuário não concordar com as políticas de privacidade, tem ferramentas para lidar com isso. "Se você lê a política e nao concorda, pode ir na ferramenta de privacidade e mudar", disse. "Se não concorda, pode parar de usar o serviço. Usar serviço como busca e mapas anonimamente (sem estar logado), ou abandonar o serviço", continuou. "A nova política permite ao usuário dosar a privacidade. Se não concordar com os termos, pode baixar as informações e parar de usar o serviço", afirmou.

TV OLED de 55" chega ao Brasil com preço-base de R$ 20 mil.

  A supertela de 55 da LG foi apresentada durante a CES, nos Estados Unidos, em janeiro deste ano. Foto: ZTOP
   A supertela de 55" da LG foi apresentada durante a CES, nos Estados Unidos, em janeiro deste ano.



  TVs de OLED são a única tecnologia que dá vontade de jogar minha antiga e boa televisão 720p pela janela. Sério, é a tela apresentada com imagem mais bonita - até hoje, pelo menos. E, olha só, a tela OLED de 55" começa a ser vendida no Brasil ainda este ano, mas é produto para os 1%.

  O modelo EM9600, anunciado na CES em janeiro, tem lançamento previsto para o segundo semestre. Por que é tão incrível? Além do 3D passivo ser extremamente realista, a tela de 55″ prende pelo contraste preciso: uma calça preta é realmente preta (e não um tom de cinza muito escuro, como ocorre nas telas LED), um colete branco é branco - como dá para ver na imagem acima.

Com nanotecnologia, Nokia mostra superfície que repele água.

Nokia usa nanotecnologia para criar superfície que repele a água. Foto: Nokia/Reprodução
  Nokia usa nanotecnologia para criar superfície que repele a água

A Nokia apresentou um tipo de superfície capaz de repelir água, algo que deve ser bastante útil para evitar o contado de líquidos com a tela de um dispositivo. Chamado de super-hidrofóbico, o material usa nanotecnologia para capturar uma camada de ar e criar uma superfície que não molha, funcionando como uma película de proteção.